Um fato emocionante durante a Copa de 94 marcou a vida do servidor da Universidade de São Paulo Eduardo de Castro Humes e ele é o vencedor do concurso cultural Lembrança Campeã. Eduardo vai levar para casa uma TV 4k, 58’’. Os participantes que ficaram em 2º, 3º, 4º e 5º lugares ganharam uma camisa Nike Brasil 2018/2019, torcedor.
No concurso, os participantes da fundação deveriam enviar textos com uma história emocionante, inusitada ou divertida sobre um fato que marcou a sua vida durante uma Copa do Mundo. Veja as respostas vencedoras:
1º lugar - Eduardo de Castro Humes (Universidade de São Paulo)
Estávamos nos EUA em 94 e poucas TVs americanas passavam os jogos. Um amigo indiano, Kumar, nos convidou para ver a final. Com o passar do jogo, os palavrões começavam a sair de nossas bocas. Era nossa primeira final de Copa do Mundo e vivíamos com toda emoção. E vieram os pênaltis. Nessa hora Kumar já nos olhava incrédulo. Quando Massaro bateu para Taffarel choramos e a emoção, que subiu com a comemoração de Dunga, explodiu com o erro de Baggio. Gritávamos como Galvão e Pelé. E tudo foi coroado por uma frase de Kumar: “melhor do que ver o jogo, foi a emoção de ver vocês brasileiros torcendo!”.
2º lugar - Roberto Antonio Colenci (Centro Paula Souza)
Eu era muito jovem, acompanhava com meu pai a Copa do Mundo de 1970. Na minha casa tínhamos apenas um rádio onde ouvíamos as notícias dos jogadores que eu só conhecia pelo álbum de figurinhas que ganhava. Eu e minha imaginação: ouvia o rádio e via as figurinhas. Lembro-me muito bem, era um álbum com as fotos dos melhores do mundo. Meu imaginário percorria os estádios, as camisas, as chuteiras e o sonho de assistir um dia a uma partida de futebol. Meu pai era um sábio, ele lia os meus pensamentos. No dia da abertura da Copa ele chegou em casa radiante e me presenteou com uma TV para assistirmos aos jogos.
3º lugar - Claudenia Diniz da Silva Lima (Universidade de São Paulo)
O jogo Brasil e Alemanha me deixou uma linda lembrança. Nunca me esquecerei do resultado, é claro, afinal não estávamos preparados para perder de 7 a 1; mas também nunca me esquecerei de Júlia e Isabella, de três e quatro anos de idade, desfilando com suas carinhas pintadas e camisetas do Brasil, elas torceram, vibraram, dançaram e comemoraram os 90 minutos de jogo. Gritavam: “Brasil, Brasil, Brasil”. Quanta ingenuidade e quanta felicidade! Nada melhor do que ser criança...
4º lugar - Renata da Rocha Gonçalves (Ministério Público)
Final da Copa de 94, eu tinha 13 anos. A gente assistia aos jogos na casa do meu avô, tinha a maior televisão da família. Foi muita emoção e com certeza minha mãe teve um papel fundamental no resultado. A decisão foi para os pênaltis. Itália e Brasil perderam as primeiras cobranças. A Itália acertou a segunda e, quando Romário foi chutar, minha mãe, nervosa, foi ao banheiro, deu descarga e a bola entrou! Ela resolveu tocar a descarga a cada cobrança. Até que Taffarel defendeu! Dunga fez e, então, Baggio cobrou, inacreditavelmente para fora! Na hora da descarga! É teeetra! Vem mãe, pode vir, é tetra!
5º lugar - Rosemeire Pereira de Souza Caetano (Universidade de São Paulo)
Eu já tinha carta de motorista fazia um tempo... mas faltava coragem para encarar as ruas de São Paulo. Um dia, em pleno jogo do Brasil na Copa do Mundo, me veio a ideia de dirigir nos horários dos jogos... Passei a fazer isso e, modéstia à parte, essa ideia foi mesmo brilhante... As ruas de São Paulo eram minhas... inteirinhas... vazias. Não me lembro se naquele ano o Brasil foi campeão, e nem quem foram as estrelas da Copa... mas me lembro dessa conquista, fundamental pra mim.
Os critérios utilizados para a escolha foram: veracidade (história real), adequação ao tema, criatividade, ineditismo e ortografia (nesta ordem).
Veja o regulamento completo aqui.
