/De olho no mercado

Diretora de Investimentos da Prevcom conta como foi janeiro de 2023

10/02/2023 10:53

Fran Nascimento tem MBA em Finanças pelo Insper e mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro. Saiba mais  aqui .

A diretora de Investimentos da Prevcom, Fran Nascimento, traça o panorama de como os mercados se comportaram em janeiro de 2023.

O ano de 2023 se inicia em um ambiente de incerteza macroeconômica, como o já vivenciado durante todo ano de 2022. Segue o aperto monetário nas principais economias do mundo, com elevação das taxas de juros sendo realizada pelos principais bancos centrais. Os analistas apontam para uma contínua desaceleração da inflação nos EUA, porém, o risco de baixo crescimento ainda presente deixa o mercado mais cauteloso com os ativos de risco.

No Brasil o grau de incerteza com a política econômica do novo governo continua elevado. O mercado segue preocupado com a inflação e ainda não existe uma convicção de quando a taxa Selic começará a cair, levando as empresas a segurar os investimentos para expansão, o que consequentemente reduz expectativa do crescimento do PIB.

O Ibovespa fechou janeiro com alta de 3,37%, com 113.430 pontos.

O Copom manteve a taxa de Selic em 13,75% ao ano. A ata que o Comitê divulgou, detalhando os motivos da decisão, menciona que “o pacote de medidas anunciado pelo ministro da Fazenda para aumentar a arrecadação atenuaria os estímulos fiscais sobre a demanda, reduzindo o risco de alta sobre a inflação, mas ressalta que houve piora da expectativa de inflação para o longo prazo”. Ressaltou ainda que “a conjuntura, particularmente incerta no âmbito fiscal e com expectativas de inflação se distanciando da meta em horizontes mais longos, demanda maior atenção na condução da política monetária", que, por isso, “o Copom segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período mais prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”.

A decisão causou insatisfação do presidente Luís Inácio Lula da Silva e foi alvo de fortes críticas. Porém, é importante lembrar que existe uma técnica para executar a política de juros. As incertezas fiscais ainda estão presentes, a economia vai se recuperar aos poucos, a inflação precisa ser reduzida a níveis mais baixos, só então os juros poderão começar a cair.

A inflação oficial, medida pelo IPCA de janeiro, foi de 0,53%, acumulando 5,77% em 12 meses. A taxa ficou levemente abaixo da projeção apontada pelo mercado e distante de sua meta que é de 3,25% para 20223, com tolerância de 1,5% para cima ou para baixo.

No contexto externo, a economia norte-americana segue relativamente aquecida. Espera-se desaceleração do crescimento nos próximos meses, com queda da inflação. Porém, o FED deve seguir o ciclo de elevação de taxa de juros, em ritmo mais lento. A Europa continua surpreendendo positivamente. O temor de recessão criado em 2022 está cada vez mais distante. A resolução da crise energética, um inverno mais fraco e a reabertura da China são fatores que estão colaborando para que o mercado revise positivamente o crescimento esperado para a região. A reabertura econômica da China, trouxe uma recuperação muito expressiva do consumo. O governo chinês segue empenhado em acelerar o crescimento da economia e resgatar o setor imobiliário.

Oportunidades:

Considerando o persistente cenário de incertezas e manutenção de juros locais de 13,75%, sem grandes expectativas de início do ciclo de redução, seguimos em posição conservadora e mantemos a preferência por investimentos em ativos de renda fixa, que acompanhem a Selic ou a taxa do CDI (Certificado de Deposito Bancário), ou em produtos com estratégias de proteção.

Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo

Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 2701 - Jardim Paulista, São Paulo/SP - 01401-000

Atendimento ao participante

(11) 3150-1943/1944 (Grande SP)

0800-761-9999 (demais localidades)

segundas às sextas-feiras, das 10h às 16h

Atendimento ao patrocinador

(11) 3150-1977

segundas às sextas-feiras, das 10h às 16h

Atendimento à imprensa

(11) 3150-1958

segundas às sextas-feiras, das 9h às 18h

Atendimento presencial

Segundas às sextas-feiras, das 10h às 16h, somente na sede da fundação

Foi bom te ver por aqui, esperamos que
tenha tido uma boa experiência.
Para melhorar os nossos serviços, preparamos
algumas perguntas simples e rápidas.

Vamos lá?
;